Há uma grande especulação sobre o futuro da mobilidade urbana. Muitos projetos e muitas inovações estão transformando a forma de ir e vir no mundo.
No Brasil, não seria diferente, temos grandes projetos e muitas possibilidades diante de um país com dimensões continentais, mas com graves problemas de mobilidade e transporte, especialmente nos centros urbanos.
Pensamos em mobilidade como algo preparado para o futuro, mas já estamos testemunhando as mudanças, especialmente por conta das transformações causadas pela pandemia do coronavírus.
Cientistas, urbanistas e estudiosos de diversos setores estão debruçados sobre a mobilidade urbana no país e, em breve, mais mudanças poderão ser percebidas.
A partir de 2023, espera-se que as tecnologias de mobilidade urbana evoluam e as políticas sejam aperfeiçoadas para atender às necessidades da população, sem esquecer a sustentabilidade.
Mas que mudanças realmente serão implementadas? O que poderá, efetivamente, melhorar a forma de ir e vir das pessoas?
Acompanhe este texto que preparamos especialmente para tratar desse assunto.
Boa leitura!
Leia mais: Mudanças e tendências da mobilidade urbana no Brasil.
Impactos da pandemia na mobilidade urbana
A pandemia do Covid-19 obrigou diversos setores da sociedade a se reinventarem. A forma como as pessoas vivenciavam a rotina foi drasticamente alterada por conta do isolamento social.
Esse cenário impactou a mobilidade urbana, haja vista que a vida das pessoas, que são o elemento básico da mobilidade, nem sequer podiam sair de suas casas.
Para atender, tanto aqueles que passaram a estar totalmente isolados, quanto aqueles que precisavam sair e, por isso, dependiam de novas formas de transitar nos espaços das cidades, foi necessário buscar soluções.
Uma das questões que se viu foi o aumento dos números de carros particulares nas ruas, já que as pessoas evitavam as aglomerações comuns do transporte público brasileiro. Nesse primeiro momento, essa mudança já foi um impacto.
Outras mudanças viriam a seguir, como o aumento de pessoas em home office mesmo depois de liberada a volta aos espaços de trabalho e tendências de deslocamento não motorizado.
Nessa nova dinâmica, que muitos chamam de novo normal, as pessoas e as cidades ainda estão se reinventando frente às novas demandas de mobilidade.
Dificuldades genuinamente brasileiras
Em países desenvolvidos, o distanciamento social acabou por desenvolver um aspecto interessante, que foi o uso de bicicletas e a caminhada para o deslocamento das pessoas.
No entanto, em realidades como a brasileira, o transporte público ainda é o principal meio – se não o único – de locomoção das pessoas.
Os aspectos econômico-culturais que tangenciam a questão da mobilidade não podem ser deixados de lado nessa análise e, muito menos, nas definições do futuro da mobilidade urbana no Brasil.
As questões geradas pela rejeição ao transporte em massa desafiam os gestores das cidades até hoje, herança das pequenas mudanças que se iniciaram nos momentos mais críticos da pandemia.
Nesse cenário, iniciativas públicas e privadas precisarão formatar soluções para o transporte público seguro e de grande eficácia, sob pena de termos, em pouco tempo, a saturação do trânsito das grandes cidades por conta do transporte individual.
Essas medidas extrapolam a dinâmica do urbanismo, devendo ser aplicadas também aos meios de produção, já que os modelos de trabalho híbrido e remoto vêm se mostrando eficazes em diversos setores.
Mudanças futuras na mobilidade urbana
Como mencionamos anteriormente, as mudanças que estão sendo provocadas na mobilidade urbana passam pela adaptação das pessoas, dos veículos e das cidades em si.
As rotinas e os espaços estão sendo e serão ainda mais impactados. No que diz respeito às cidades, é urgente que sejam ampliados espaços para pedestres e bicicletas, por exemplo.
Isso envolve outras questões, além da vontade do cidadão, como segurança, organização do trânsito e disponibilidade das vias.
À medida que as mudanças implementadas desde o período pandêmico estão sendo consolidadas, algumas alterações no modo de vida das pessoas não podem retroagir.
E algumas dessas transformações têm um lugar de significativa importância, devendo ser mantidas. Observe a seguir algumas delas.
Trânsito
Por conta da redução do fluxo de pessoas nas ruas, também pôde ser observada uma redução na quantidade de veículos transitando. Tornar essa mudança permanente é um desafio possível e desejado.
Um trânsito mais livre e uma rotina de menor estresse para quem precisa se deslocar no dia a dia é de interesse de todos, gestores públicos, cidadãos e empresários.
Substituição dos veículos por combustão
Provavelmente, essa será uma realidade. Os veículos movidos a combustíveis fósseis são responsáveis por grande parte das emissões de carbono na atmosfera.
O planeta se viu diante de um quadro mais animador, do ponto de vista ambiental, nos momentos pandêmicos em que as cidades estavam com movimentação reduzida.
Como as atividades estão sendo retomadas, já é essencial que a mobilidade não esteja mais concentrada em veículos à combustão.
Para isso, as soluções multimodais, elétricas e híbridas são a grande aposta. É possível, inclusive, contar com soluções que interliguem diversos tipos de meios de transporte, incluindo os aplicativos de mobilidade, tipo uber.
Nesse último exemplo, uma boa perspectiva aponta para compartilhamento de corridas, entre outros recursos, para diminuir o fluxo de veículos.
Qualidade do ar
Todos esses fatores que mencionamos acaba por convergir para uma melhoria na qualidade do ar, haja vista que muitos avanços tecnológicos e mudanças regulatórias têm buscado reduzir a emissão de CO2 na atmosfera.
No que tange à responsabilidade dos veículos de transporte, será possível, acreditamos que em breve, cumprir com essa meta, por meio das mudanças previstas para a indústria automobilística e gestão da mobilidade urbana.
O delivery veio para ficar?
Muitas pessoas passaram a optar pelo delivery ou pelo não consumo das refeições em restaurantes e essa tendência não deve ser passageira.
A comodidade foi aliada à segurança sanitária, reforçando a cultura do delivery para compras e refeições.
De acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Galunion e a Qualibest, que aponta as mudanças nos hábitos alimentares, durante e após a crise causada pelo novo coronavírus, o delivery estará cada vez mais fortalecido.
Novas Tecnologias
As novas tecnologias estão no centro das discussões sobre mobilidade urbana no Brasil.
Alguns exemplos, ainda que discretos, estão contribuindo para mudanças que estão em curso no país.
Veículos elétricos
Apesar de já serem uma realidade, é necessário que sejam amplamente disponibilizados, devido às necessidades climáticas. O que se espera, em breve, é que estejam disponíveis não só nas capitais.
Compartilhamento de veículos
Modelo que vem se popularizando, o compartilhamento de veículos, até mesmo os carros, está virando tendência e podem ser melhor organizados a partir de aplicativos.
Infraestrutura de transporte inteligente
Neste caso, os sistemas de gerenciamento de tráfego e os semáforos inteligentes estão sendo desenvolvidos para promover um descongestionamento das cidades.
Essas são mais algumas das tendências apontadas por especialistas para garantir que a mobilidade urbana seja reconfigurada de forma a promover as melhorias que se esperam no fluxo de pessoas e veículos.
Ao longo do texto, trouxemos alguns aspectos que determinarão as mudanças na mobilidade urbana brasileira.
Uma das forças atuais dessa reconfiguração são os aplicativos de mobilidade urbana, tipo uber, que ganharam o coração do brasileiro e se consolidaram no país.
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